A questão principal do livro “A cabana” diz respeito as nossas imagens de Deus e como nos tornamos pessoas distantes de um relacionamento genuíno e significativo com ele. A questão que permanece no ar é: “Se Deus nos ama e cuida de nós, então, porque é que ele permite que tragédias tão horríveis aconteçam na vida de gente do bem?”
Mackenzie, o personagem central do livro, tem que se deparar com essa e muitas outras questões ao se ver diante de “Sophia”, a personificação da sabedoria de Deus. Através de um diálogo entre Mackenzie e Sophia ele é levado a refletir sobre a natureza e a essência do perdão. Vou destacar dois aspectos distintos deste diálogo. O primeiro lida com o porque temos tanta dificuldade com o perdão e o segundo aponta para o caminho do exercício do perdão.
POR QUE TEMOS DIFICULDADE COM O PERDÃO
Se tivermos a coragem de ser suficientemente honestos iremos adimitir que todos nós temos dificuldade com essa história de perdoar as pessoas que nos ofendem ou nos ferem. Por que?
1. Somos especialistas em julgamento. Quando o ser humano optou por ser “senhor do bem e do mal” assumiu a atitude de juíz do outro, inclusive de Deus. A partir do momento em que nos sentimos no direito de julgar o outro o exercício do perdão tonar-se algo mais difícil de ser praticado. Gênesis 3.12-13: “Disse o homem: Foi a mulher que me deste por companheira que me deu do fruto da árvore, e eu comi. O Senhor Deus perguntou então à mulher: Que foi que você fez? Respondeu a mulher: A serpente me enganou, e eu comi.” O culpado é sempre o outro!
2. O orgulho é a base de nosso julgamento. Outro obstáculo que temos para o exercício do perdão é o critério que utilizamos para exercer o nosso julgamento. Isso porque para exercer um julgamento é preciso se sentir acima do julgado.
Provérbios 19.3:
“É a insensatez do homem que arruína a sua vida, mas o seu coração se ira contra o Senhor.” Na maioria das vezes é a nossa própria contribuição que determina as circuntâncias que envolvem a nossa vida. Mesmo assim, a nossa tendência é sempre culpar o outro e em última instância culpar a Deus.
O CAMINHO PARA O EXERCÍCIO DO PERDÃO.
O problema quando não escolhemos o caminho do perdão é que nossa alma vai definhando, e é abatida por uma grande tristeza alimentada pelo nosso senso deturpado de justiça. Para encontrarmos o caminho do perdão precisamos:
1. Ter consciência de nossa limitação.
“Mackenzie” começa a se dar conta de sua limitação quando “Sophia” pede que ele escolha dois de seus filhos para passarem a eternidade com Deus e três deles para irem para o inferno. Diante desse diliema e a partir da relação que tinha com seus filhos, ele começa a compreender que a questão do juizo e do perdão não tem a ver com desempenho, mas com amor. Ele então implora para ir no lugar de seus filhos para o inferno, para receber a justiça sobre ele mesmo e não lança-la sobre seus filhos. O que foi mesmo que Deus fez?
1 João 4.10
“Nisto consiste o amor: não em que nós tenhamos amado a Deus, mas em que ele nos amou e enviou seu Filho como propiciação pelos nossos pecados.” Através de Jesus Deus foi em nosso lugar.
2. Confiar totalmente no amor e no caráter de Deus. É um equivoco supor que tudo o que está escrito na Bíblia é a vontade de Deus. A Bíblia relata a interação do amor de Deus com um mundo que é resultado da vida independente que o ser humano decidiu viver. Os Salmos demonstram claramente o quanto Deus acolhe a nossa humanidade como ela é.
Apocalipse 21.5:
“Aquele que está assentado no trono disse: Estou fazendo novas todas as coisas! E acrescentou: Escreva isso, pois estas palavras são verdadeiras e dignas de confiança.” O julgamento de Deus não destrói, ao contrário ele renova todas as coisas. E nele você pode confiar!
Como exercitar o perdão:
1. Ter consciência da sua limitação e portanto da sua necessidade de receber o perdão de Deus.
2. Confiar totalmente no amor de Deus por você e receber o perdão pleno que ele lhe oferece através de Jesus.
Autor: Hilton Figueiredo
Fonte: Café com Deus
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