(Leonardo Pinheiro)
Aqui estão os links dos textos que achei e em anexo o email que anda circulando.
- Aspartame
- Aspartame Disease: An Ignored Epidemic
- Aspartame é a nova talidomida
De fato não consegui encontrar nenhum trabalho científico comprovando que o aspartame aumenta o risco para doença de Alzheimer ou L.E.S. Os textos que falam dos riscos do aspartame e outros adoçantes artificiais não têm nenhuma base científica. De acordo com um deles "o metanol no aspartame se converte em formaldeído na retina causando cegueira e surdez. Aspartame é especialmente letal para diabéticos. Mantém a glicose descontrolada causando, no mais das vezes, hipoglicemia e coma. Há, segundo a doutora Mancy Marckle, 92 sintomas causados pelo aspartame, do coma à morte. A maioria neurológicos, porque a droga destrói o sistema nervoso. Muda a composição química e os níveis de dopamina no cérebro".Quem é a doutora Marcy Marckle? O que ela publicou? Como chegou a essa conclusão sobre os efeitos nefastos do aspartame?
Lá fui eu pesquisar no pubmed, o site que mostra todas as publicações científicas/médicas reconhecidas internacionalmente. Cliquei o nome dela, Marckle M. e adivinhem? Não achei nenhuma referência sobre essa senhora. Nenhuma publicação.
Parece discurso de "ciencialista"
Se fosse verdade que o aspartame aumenta o risco para doença de Alzheimer e tantas outras como alardeado nesse site, o FDA (a agência americana Food and Drug Administration) já o teria retirado de circulação há muito tempo. Isso me parece aqueles discursos de ciencialistas ou de ambientalistas eco-xiitas que são contra qualquer avanço científico ou tecnológico. Um deles chegou a afirmar: "diga o que quiser, DNA eu não vou comer nunca!".
Quais são os fatores que podem de fato aumentar o risco de termos Alzheimer?
Além dos fatores genéticos, o maior deles é o envelhecimento. Estamos todos em risco porque estamos vivendo muito mais. A maioria das pessoas que têm Alzheimer está acima dos 65 anos e a probabilidade de termos essa doença dobra a cada 5 anos de modo que depois dos 85 o risco é de quase 50%. Digo sempre aos meus alunos de medicina: "Pesquisem a doença de Alzheimer. A geração de vocês, nascida depois da década de 80, tem uma probabilidade muito grande de viver mais de 90 anos. A doenças de Alzheimer é o preço que se paga por viver muito. Portanto dediquem -se a procurar a cura para as doenças da terceira idade. As doenças do século 21."
Enquanto não houver tratamento, o que podemos fazer?
Não podemos alterar a nossa idade, ou os nossos genes, mas podemos controlar os fatores ambientais que aumentam o risco para Alzheimer. Já foi demonstrado, por exemplo, que pancadas na cabeça, são um fator de risco. Portanto proteja a sua cabeça usando cintos de segurança no carro, capacetes se for andar de bicicleta ou moto e principalmente se for um lutador de box. Além disso, uma boa circulação sangüínea no cérebro também é fundamental não só para prevenir Alzheimer, como outras demências vasculares. Portanto, controle a sua pressão sangüínea, níveis de colesterol, diabetes, obesidade. E faça exercícios: físicos e mentais. É uma receita bem conhecida por todos.Cuidado mensagens que circulam na internet
Seja crítico. Não se deixe levar por mensagens sensacionalistas. Existem sites científicos sérios, como do www.pubmed.org que citei acima. Confirme sempre as informações médicas nesse site. Desconfie de informações alardeadas por pessoas que nunca publicaram nada. São os ciencialistas.
Por Mayana Zatz
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