A síntese da alma, e o coração "rasgado" de um blogueiro

Porque este blog chama-se InterDal?

O motivo é bem simples, pois minha intenção é transformá-lo num blog pessoal, para postar minhas opiniões, e textos selecionados, o que em parte tenho feito. Mas vamos a resposta, meu nome é Adalberto, mas a maioria de minha família e amigos me chamam de Dal, então resolvir juntar "inter", de interatividade e Dal, que acho um apelido carinhoso.Então InterDal é interagir com Adalberto.

Isto esclarecido, vou rasgar o meu coração, e "espremer" a minha alma, para escrever um pouco de coisas das minhas entranhas, sentimentos indescritíveis, sensações estranhas e as vezes quase insuportáveis.

Hoje passei o dia fazendo exames e consultando com médicos de diferentes especialidades. Como isso é difícil! Não tenho paciência pra aguardar na sala de espera, o médico as vezes me irrita, e assim por diante.

Já vai pra 6 anos que estou com depressão, percebí o dia e a hora que ela se instalou, estava conversando com um amigo, mas como já tinha passados por duas crises, resolví que dessa vez eu ia lutar sozinho contra ela. Eu já tinha muitas atividades, o meu trabalho no Departamento de Pessoal, mais de 15 anos na mesma empresa, nos últimos 19 anos eu trabalha na coordenação de três acampamentos por ano, mas outras atividades em feriados, sugeria e organizava eventos de integração e confraternização dos colaboradores da empresa, e outras atividades, aquela altura, o importante era atividade para acabar com a depressão. Mas na verdade eu sorria por forar, mas minha alma estava em prantos. Fui acometido por uma dor muito forte na coluna e perna esquerda, era uma dor insuportável, 24 horas por dia, fiz os mais sofisticados exames a pedido de médico ortopedista, mas não havia nada que justificasse aquela dor.

Aí vieram fazes, a do choro, eu chorava o tempo todo, no trabalho, conversando com colegas, em casa, não precisava motivo, ou eu não os percebia. Depois não conseguir fazer minhas refeições no restaurante da empresa, a cozinheira servia meu prato e eu almoçava e lanchava na minha própria sala. E outras esquisitices.

Depois de três anos nesse dilema, me indicaram uma psiquiatra, fui e conversamos bastante, brigamos, mas houve empatia, começamos a testar alguns medicamentos, com aqueles terríveis efeitos colaterais. Era terrivel, todo dia no trabalho vários colegas me perguntava o que estava acontecendo, pois eu estava muito abatido.

Numa consula a doutora Renee me impôs uma condição, ou eu afastava do trabalho para tratamento, ou procurasse outro médico. Depois de muita relutância a empresa concordou com meu afastamento, 6 meses, pediram para eu voltar, estavam com problemas, trabalhei mais 7 meses, a situação piorou. Afastei e estou até hoje.

Os sintomas melhoraram muito pouco e hoje, depois de conferir meus exames, o médico me informou que tenho que submeter a uma sirurgia no estômago e tirar várias problemas. Nesses quase seis anos chegou a hipertensão, o colesterou, o diabete quer estabelecer, etc, etc

Engraçado que a notícia da cirurgia não mexeu em nada comigo! Pouca coisa mexe. Não tenho contade comprar roupas e calçados, faço minha higiene pessoal, a barba, o cabelo, escovo os dentes, por que não vou me entregar a insanidade do desleixo. Envegonhando minha família que tanto tem me ajudado.

Sabe, se o telefone toca, me dá pânico, se alguém me pede uma informação ou um documento que eu não lembre onde esteja, perco a mobilidade, fico trêmulo., o chão foge, então estabelecí que não atendo esse tipo de pedido.


O lugar que mais gosto de estar é a minha casa, nos outros vou por obrigação e me provoca dores. Mas não ha dor e humilhação maior do que ir a previdência social, passar por um médico perito. A gente sempre sai daquela sala com uma recaida.

Por isso, depois da última perícia, eu estava com três atestado, da minha médica, do médico do trabalho da empresa atestando que estava inapto para o trabalho e de uma médica do trabalho determinando que meu benefício fosse alterado para o código de doença do trabalho, fato reconhecido pela empresa, visto que já tinha registrado a CAT, e eu apresentei a cópia a ele. Eles suspendeu mesmo assim o benefício. Resolví entrar na justiça com um pedido de liminar, isso em setembro de 2008, o juiz só concedeu em janeiro de 2009, passei 7 meses sem receber meu benefício. Gasto cerca de R$ 500,00 por mês em compra de remédios. Só mesmo Deus agindo em mim para passar por esse tempo tranquilo nessa área. Ele usou esses blogs, que a Dra Renee me incentiva fazer, como terapia e descontração, para gerar renda e suprir minhas necessidades.

Sabe o que me faz sentir bem? Sentar na frente do computador e brincar com meus blogs, eu não sei quase nada, pesquiso, alguém me da dicas, faço amigos.

Sou um sonhador, vários dos meus sonhos já se materializaram, a maioria nesse período de estiagem da alma. Hoje eles estão adormecidos, parece em sono profundo, mas não mortos. Eles voltarão a florecer como os belos ipês amarelos e rochos aqui em Cuiabá.

Todo dia começa bem cedo com bastante ansiedade e angustia, o encontro com Deus os aquieta, Jesus passa os dedos nos meus olhos e diz: "minha graça te basta", apesar de tudo, tenho absoluta certeza que esse é um tempo de aprendizagem para novos e grandes desafios que virão. Precisarei estar bem prepado na hora certa. Só Deus faz a vida ter sentido, porque a verdadeira vida começa depois que essa terrena acabar.

Obs.: Se você teve paciência para ler isso, desculpa um monte de erros gramaticais, espero que você entendo a minha alma. Mesmo que a gente ainda não se conheça, mas quem sabe Deus te trouxe aqui para nos interagirmos e ajudarmos mutuamente. Um abraço, Adalberto.