Uma estória - de origem não conhecida – conta sobre um determinado BANCO de assento, que guarnecia o pátio de um quartel, jamais sendo usado.
Ninguém nunca usava o tal banco.
Um novo recruta, cismado com o fato, buscou saber o porquê, sem sucesso. Nem os companheiros e nem mesmo os oficiais de maior patente sabiam a razão.
Finalmente, teve a revelação por parte de um antigo jardineiro, que lembrou que, anos atrás, o banco, tendo sido pintado, ficou interditado para secar, mas a idéia se espalhou pelo quartel e VIROU ORDEM jamais foi retirada, gerando o não uso do assento.
Essa posição, de assumir uma idéia por tradição sem buscar razões, parece ter sido aplicada, em certa medida, também ao Natal. Tanto assim que um amigo - terapeuta chinês, que não é afeito aos costumes ocidentais, comentou que iria intensificar a recomendação de dieta nas próximas semanas pois “as pessoas precisam comer mais no Natal”.
A idéia do prezado oriental – comer muito - é apenas uma de uma longa lista natalina. O que a maioria espera do Natal, afinal? Receber e dar presentes, fazer festa, comer Chester à califórnia (e outros pratos deliciosos), reunir a família, enfeitar a casa com luzes, mandar mensagens, entrar em recesso no trabalho, vestir roupas novas, fazer amigo-oculto com parentes etc, etc.
Em resumo, a gente encara o Natal como uma festa para nós mesmos, onde a comemoração gira em torno dos nossos interesses, dos nossos familiares e de alguns amigos chegados.
Certamente nenhum dos procedimentos mencionados está errado ou produz qualquer efeito negativo, mas o que seria possível fazer para melhorar nosso Natal??
Se eu fosse apresentar a minha versão para um Natal melhor, certamente seria mais egoísta do que qualquer um, e falharia no intento, mas existe a alternativa de recorrer à orientação de Deus e dela extrair algumas “dicas”:
1. Embora o Natal ocorra um pouco antes do final do ano, seria uma data excelente para passarmos uma borracha sobre lembranças e marcas desagradáveis que ficaram das experiências vividas nos últimos meses. (Isa 65:17).
2. Vamos lembrar que o Natal significa a data, atribuída ao nascimento de Jesus e, estando ou não dentro de um critério cronológico exato, deve nos trazer à memória o grande amor divino pelo homem (João 3:16).
3. Devemos nos confraternizar com parentes e amigos, mas esta é uma ocasião ideal para sanar velhas pendências, perdoar os nossos inimigos, e abençoar os que nos perseguem (Cl 3:13;Mt 5:44;Rm 12:14).
4. É ótimo que tenhamos uma casa enfeitada, roupas novas e alimentos selecionados na mesa. Mas que tal oferecermos alguma ajuda para os que não têm comida, roupa, nem casa (Mt 25:31-40) ??
5. Mais do que uma ajuda material, que tal oferecermos uma palavra de carinho e conforto para alguém que nem é chegado a nós ou mesmo conhecido, mas para quem isso significará muito mais do que um cartão belíssimo recebido pelos Correios (Pv 12:25;Pv 15:23;Pv 25:11)? Por exemplo, a balconista da loja, o zelador do bloco, ou o guardador de carros.
Seus “natais” podem ter sido ótimos até agora, mas se os dividir com mais pessoas irá descobrir como é possível multiplicar essa sensação.
Texto de autoria de Elcio Lourenço. Fonte: Melodia
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