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A medalha de ouro do Brasil

Brasil, medalha de ouro do ufanismo


O Editor do UOL Tablóide é um cara desportivo: entre uma cerveja e outra, ele corre, e nada, ele faz musculação, e nada, ele faz ciclismo, e nada. Continua fraquinho, coitado.

A primeira medalha de ouro do Brasil vai para o ufanismo dos narradores da televisão!

Já eu, Sub da Sub, sou diferente: entre uma xícara de café e outra, eu assisto a uma partida de badminton, a duas bordoadas no boxe e até, veja só, uma fantástica partida de softbol, esporte que está em sua última edição olímpica. Esporte é tudo, e torcer pela Uzbequistão às três da manhã pode ser muito legal. Mesmo!

Mas tem uma coisa complicada, que talvez faça a Sub da Sub não ligar a televisão hoje à noite: o ufanismo.

Depois de algumas madrugadas, a Sub da Sub decreta: a depender da TV brasileira, o Brasil já ganhou um ouro: mesmo sem assistir à programação internacional, é possível afirmar que ninguém pode superar em empolgação os narradores do Brasil.

- Sensacional, ela está em sua última Olimpíada e bateu o recorde da Região Sudoeste dos 75 metros com uma barreira, nado de costas.


- Que pena, que pena, ele quase chegou lá: ficou em oitavo lugar na primeira eliminatória, mas o páreo era duro!

- É quarto lugar, é quarto lugar: mais um pouco e era bronze, mais um pouco e era bronze, Brasil!

- Ele joga futvôlei para a Suécia, mas nasceu no Brasil, é brasileiro! É brasileiro, é brasileiro!!!

Mas seria injusto culpar só os narradores. Os repórteres de "campo" também ajudam:

- Você marcou dois gols contra, um deles muito bonito: o que você tem a dizer para a torcida brasileira?

- Bela apresentação, hein? Você tropeçou na entrada do ginásio, não conseguiu nem entrar no tatame, mas o que importa é estar aqui em Pequim, né? Ah, aqui não é Pequim... A gente está em Ho Chi Minh? Pegamos o vôo errado, hein?


Tudo bem, medalha de bronze não é pouca coisa. Podemos aplaudir todos os bronzes do judô, mas "dia histórico" com medalha de bronze dá um gostinho amargo de bronze na boca, não?

Tudo bem, não fomos bem na piscina, mas então por que eu, Sub da Sub, tive de abaixar o som da TV na madrugada, que o vizinho já estava reclamando?

Tem também o comentarista chato, que alertou no começou do jogo, chamou a atenção no primeiro minuto, lembrou-se no segundo minuto e ficou repetindo até o fim da partida.

Resumindo, a Sub da Sub ama as Olimpíadas. Mas não tá agüentando a medalha de ouro do ufanismo.

Fonte: UOL Tablóide

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