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Livros: Identidades Culturais na Pós-Modernidade

Identidades Culturais na Pós-Modernidade

Autor: Stuart Hall


Logo que entrei na faculdade, me informaram que "Teoria da Comunicação" era uma matéria horrível, impossível de ser compreendida e com o maior percentual de reprovação: uns 75% dos alunos repetia e o resto passava raspando. Fiquei incólume, com 8,5 de média. Teoria II foi um pouco mais traumática e marcante: trocaram a ótima professora por um cara que achei bizarro. Nas primeiras aulas, pasmei com a imbecilidade dos comentários do professor: big brother e futebol. O tema em si não era o problema, e sim o viés papo-de-salão-de-beleza.

Ele ficou doente e surgiu um professor substituto. Foi a melhor aula do semestre! O cara falava o tempo todo, num ritmo empolgante, enquanto gesticulava e despejava conteúdo de forma interessante. Perguntei se ele tinha horário disponível, ele disse que sim. Tentei a troca definitiva de professores, mas não deu certo. *Frustração*.

O professor oficial voltou e quando ele perguntou o que a turma achava das aulas dele, ninguém falou nada (as pessoas têm medo de se expor). Mas, quem pergunta espera uma resposta e eu respondi que a aula era ruim, sem conteúdo e que a cadência da voz dele provocava sono (todo mundo ficou espantado, mas quem mandou perguntar?). Ele disse que iria melhorar.

E não é que o cara melhorou? Melhorou a ponto de ficar ininteligível, pra mostrar que ele não era um idiota falando asneiras. Mas no fundo, às vezes eu tinha a impressão que ele só fazia um verborrágico jogo de palavras que a maioria não entendia o que significava. A aula começava às 19:00 e terminava 21:00. durante esse período, eu tinha certeza que o tempo tirava umas férias prolongadas e deixava o ponteiro do relógio parado. Depois de umas duas aulas assim, ele tentou uma nova abordagem, na esperança de se aproximar da turma pq até então, só eu fazia perguntas e comentários, depois de voltar da Americanas com um biscoito na mão. Eu empregava essa técnica vou-ali-e-já-volto para não entrar em coma profundo na sala de aula e pra garantir que o tempo não tinha morrido durante as férias.

Com esse lance de participação popular, a porca torceu o rabo e Barrabás foi solto e ele quase apanhou quando disse que nós não somos reais. O assunto significado/sonhos/realidade e irrealidade rendeu várias aulas. Ficamos ofendidos com a possibilidade de não existirmos. Começaram a gritar e debater com o professor. Alguns saíram da sala, revoltados com a não-existência. A partir dos textos indicados e das anotações no caderno, comecei a compreender bem a matéria e até a gostar muito dela. Ele melhorou e aproveitei para continuar questionando e criando analogias. O tema melhorou e parecia incrivelmente fácil e interessante. Fiquei com média 10. Ele dizia que eu devia fazer mestrado, que ia me dar bem pq gosto de ler e tals.

Ah! O livro: li Identidades Culturais na Pós-Modernidade três vezes, pra fazer um trabalho. O livro é pequeno, porém rico em conteúdo. Ele trata da construção das Culturas Nacionais, a globalização e o deslocamento das identidades, hibridismo, dentre outros temas. O livro é muito interessante.


Fonte: Escrito por Sara

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